Um dos grandes temas em discussão no momento no cenário político brasileiro é a Lei Geral de Proteção de Dados, que já foi aprovada pelo Senado Federal. A mesma está totalmente atrelada a tecnologia da informação e é necessário estar atento para alguns pontos que podem ser alterados após o início da sua aplicação.
A LGPD é um aprimoramento de várias leis já existentes no Brasil. A mesma foi sancionada em 2019 e entrou em vigor no dia 25 de agosto deste ano. Antes disso, o assunto era regulamentado com base na lei europeia “General Data Protection Regulation”.
A nova lei determina como as empresas deverão fazer o tratamento de dados dos seus clientes e usuários. Além disso, atribui responsabilidades legais sobre os dados pessoais as empresas, o que trará mais transparência para esse processo. Outro ponto abordado na LGPD é a definição de parâmetros de como os mesmos devem ser coletados, armazenados e também destruídos.
Além disso, tal regramento dá o direito ao cliente de solicitar o acesso, a retificação ou a remoção de todas as informações que a empresa ou corporação possui sobre ele. É fundamental que a organização consiga provar a execução de todos esses procedimentos que serão solicitados por clientes com um Relatório de Impacto de Proteção de Dados.
Apesar de todos esses movimentos de proteção, é necessário ficar cada vez mais atento para a ação de hackers, que tem se tornado frequentes nos últimos anos. E além disso, os ataques estão cada vez mais aprimorados e complexos. Por isso, os sistemas corporativos requerem soluções de backup cada vez mais velozes, flexíveis e confiáveis para atender todas as plataformas.
Um dado agrava ainda mais as consequências dessa nova lei. Uma pesquisa feita pela Serasa Experian mostra que o caminho de adaptação deve ser longo no Brasil. Isso porque, conforme 500 executivos de empresas do país, 85% das companhias brasileiras ainda não estão preparadas para atender às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD. Com a lei em vigor, é fundamental alterar políticas e estruturas de TI em proteção de dados, segurança e armazenamento. E por fim, até mesmo, executar uma mudança organizacional de mindset.
Ainda conforme a Serasa, por estar no centro da discussão o departamento de Tecnologia da Informação deve ser ainda mais acionado. Na pesquisa, 73% dos entrevistados afirmaram que pretendem contratar uma consultoria especializada ou uma pessoa do mercado para que a companhia possa se adequar à lei.